São estas pequenas coisas que contam. Essas pequenas coisas que, para além de contarem, também doem. Isso significa sempre muito mais. É.
Lembro-me de nós. Do que fomos ou do que somos ou do que eu pensava que éramos.
Lembro-me de um cheiro. Não sei definir. Não vale a pena. Era bom. Ponto.
As coisas mudam tão rapidamente e ninguém se apercebe de nada. Eu não me apercebo. Tu também não. Acho eu. É mau. As pessoas são tão... Digamos que, difíceis. Também não sei definir. Esta indefinição é geral. Não sei nada. A sério, é estranho pensar nas coisas como elas são, olhar objectivamente quando amamos o subjectivo. O subjectivo da nossa vida. Da minha vida. É qualquer coisa... indefínivel? Nuvens, danças de contos de fadas, tempestades, água. Significam tudo e nada. Não sei porque gosto destas coisas. São igualmente indefiniveis. Assim como eu. Talvez como tu. Já não te conheço. Aliás, eu nunca te conheci. Nunca conheci ninguém. É verdade. Nem a mim próprio me conheço. Está a voltar aquele tal cheiro que eu me lembro. Cheira me a amor. Cheira-me a algo azul e vermelho e branco e verde. Verde claro. É rídiculo. Mas eu também não conheço o amor. De todo.
E o tempo passa. E eu cada vez menos me conheço a mim mesmo. Acho que conheço melhor o amor do que a mim mesmo. Conheço melhor as letras e os sentimentos. Sinto-os. Eu não me sinto. Estranho. Apetece-me algo. Nada doce. Uma coisa simples. Correr? Não, fugir. Passear e sentar-me num banco entre divagações e pensamentos. Entre cores e sons. Entre cheiros e tu.
Sentar-me comigo mesmo. À luz de julho e de luas. À luz de sóis e músicas. Entre cada uma dessas coisas. Estou eu sentado. Absorto. Leve. Eu.
Eu, definitivamente, não conheço o amor. Mesmo.
(Porque um mergulho ao Sul, a 70ºSul, faz sempre bem...)
2 comentários:
Gosto de ti!
Porque é a coisa mais sincera que te posso dizer... ^-^
Sim, eu também gosto de ti!
És um cidadão exemplar!
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